
Se alguém ainda duvida do poder da dupla Ryan Coogler + Michael B. Jordan, é porque não viu Sinners. O novo terror com selo de originalidade — e classificação R, ou seja, nada de mordidinhas adolescentes — chegou às telonas mostrando que vampiro ainda pode ser sinônimo de sucesso. E não, não tem nada a ver com purpurina.
Uma Estreia Sangrenta (No Melhor Sentido)
Em meio a um fim de semana competitivo (alô, Minecraft Movie), Sinners estreou no topo com US$ 45,6 milhões em mais de 3 mil salas só na América do Norte. Para um filme original, esse é o melhor desempenho desde Us (Jordan Peele, 2019), que abriu com US$ 71 milhões. Nada mal para dois irmãos vampiros dos anos 1930, hein?
Mas calma: apesar do arraso inicial, o orçamento colossal de US$ 90 milhões (sem contar marketing) ainda deixa um ponto de interrogação pairando sobre o lucro. Vampiro pode até não ter reflexo, mas o custo aparece.
A Trama: Jazz, Dentes Afiados e Identidade
Situado no sul dos EUA durante os anos 1930, Sinners acompanha Smoke e Stack, irmãos gêmeos interpretados por Jordan, que voltam para casa e abrem um juke joint. Mas é claro que não dá pra ter paz: vampiros invadem a cidade e o sangue começa a jorrar. Literal e metaforicamente.
Sim, tem horror. Mas também tem representatividade, crítica social e drama histórico. Coogler transformou um terror de época em um espelho afiado sobre identidade negra e resistência — tudo isso com estética impecável em IMAX.
Críticas de Arrepiar (E Não de Medo)
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Nota A no CinemaScore – o primeiro filme de terror a conseguir isso em mais de 35 anos (!)
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98% no Rotten Tomatoes – críticos aplaudindo de pé (com o pescoço protegido, claro)
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45% das vendas em formatos premium – Dolby, 4DX, IMAX… a galera quis viver cada gota
Como se não bastasse, quase 40% do público era negro, o que reforça que Sinners não só representa como também atrai.
E a Concorrência? Está Pálida
Minecraft teve que se contentar com o segundo lugar, mesmo faturando US$ 41,3 milhões no fim de semana. Mas com US$ 720 milhões globais no bolso, eles não têm do que reclamar. Já Captain America: Brave New World fica ali na lanterninha com seus US$ 410 milhões. E Sinners? Está só começando…
No total, o novo queridinho de Coogler e Jordan já acumula US$ 61 milhões no mundo todo, com mais estreias internacionais a caminho.
A Química Que Dá Bilheteria
Ryan Coogler e Michael B. Jordan já são uma dupla conhecida por lotar salas. Depois de Creed e Pantera Negra, Sinners marca o primeiro projeto totalmente original da dupla — e o resultado mostra que o público confia só no nome deles.
A Warner Bros. confiou tanto que fez um acordo inédito: Coogler terá os direitos do filme após 25 anos. Nem Spielberg tem isso. Ou seja, a lenda está viva — e mordendo.
O Que Vem Por Aí?
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Sequência em estudo – porque dois vampiros gêmeos não bastam
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Spin-off em streaming – rumores de série sobre os caçadores de vampiros
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Coogler e Jordan firmes na missão – representatividade com estilo e impacto
Enquanto Isso, Na Sala Ao Lado…
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The King of Kings (filme de Páscoa com voz de Mark Hamill): US$ 17 milhões na 2ª semana
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The Amateur (Disney tentando de novo): US$ 6,8 milhões e tropeçando feio
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Warfare (indie da A24): US$ 4,8 milhões e lutando para sair do prejuízo
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The Wedding Banquet (remake queer): não fez nem cócegas, com menos de US$ 1 milhão
Sinners É Um Sopro Novo No Terror
Enquanto franquias cansadas ficam repetindo fórmulas, Sinners mostra que o problema nunca foi o gênero — foi a falta de imaginação. Terror pode emocionar, provocar e, sim, lotar cinema.