
Ah, Disney… mais uma tentativa de reviver um clássico que acabou indo pelo ralo. O live-action de Branca de Neve prometia ser mais uma releitura moderna e poderosa de um conto de fadas amado. Mas, sinceramente? Virou um conto de terror. E não no bom sentido. O resultado foi um fracasso de bilheteria tão gigantesco que até mesmo Enrolados, que ainda nem tinha dado as caras oficialmente, já tomou um banho de água fria.
Espelho, espelho meu… o que deu errado aqui?
Vamos aos fatos. A Disney torrou cerca de US$ 270 milhões na produção do novo Branca de Neve. Até aí, tudo bem. Afinal, a casa do Mickey tem grana pra isso. O problema foi o retorno: apenas US$ 43 milhões arrecadados na estreia nos EUA e Canadá. Ou seja, não precisa ser gênio pra perceber que o investimento não valeu a pena. O espelho mágico com certeza não previu esse desastre.
E se você acha que esse tropeço foi só um pequeno escorregão, pensa de novo. A coisa foi feia o suficiente pra que a Disney colocasse o pé no freio em outros projetos que estavam a caminho. Inclusive Enrolados, que estava em fase inicial de desenvolvimento. Sim, a história da Rapunzel com seu cabelo mágico e um dos filmes mais queridos da nova geração da Disney teve sua produção interrompida. E tudo por causa do fiasco da Branca. Triste, mas verdadeiro.
Os ingredientes da receita do desastre
O fracasso do filme não veio do nada. Pelo contrário, ele foi cozinhado em fogo alto com uma mistura de escolhas questionáveis. Vamos dar uma olhadinha nos principais fatores que contribuíram pra esse tombo:
- Escolha do elenco polêmica: Rachel Zegler, que interpretou a protagonista, foi alvo de críticas desde o início. A escalação dela, que é de descendência colombiana, gerou discussões sobre fidelidade ao material original. Embora a intenção fosse inclusiva, a recepção foi bem dividida.
- Declarações polêmicas: E como se não bastasse, Zegler ainda disse em entrevistas que o filme original era “estranho”, “datado” e que a nova Branca de Neve não precisava de um príncipe. Resultado? Uma galera torceu o nariz. Literalmente.
- CGI digno de meme: A decisão de trocar os sete anões por criaturas geradas por computador deixou os fãs confusos. A intenção era evitar estereótipos, mas o resultado ficou tão esquisito que virou piada na internet. Ou seja, tiro no pé.
- Roteiro que perdeu a mão: Tentar atualizar uma história é legal. No entanto, jogar fora toda a essência do conto original? Aí já é um pouco demais. A nova versão tentou ser tão moderna que esqueceu de ser encantadora.
E Enrolados, coitada…
Como se não bastasse todo esse drama, a Disney decidiu pausar o desenvolvimento de Enrolados, que prometia ser um dos live-actions mais esperados dos últimos tempos. Vamos combinar? Rapunzel tem tudo pra ser um sucesso! Tem visual deslumbrante, trilha sonora marcante e personagens carismáticos. Ou seja, potencial não faltava.
Mas a insegurança bateu forte após o desastre de Branca de Neve. Os executivos estão agora repensando se vale a pena investir em outro remake nesse estilo. Em outras palavras, a estratégia pode estar mudando. Nós, pobres mortais e fãs da princesa do cabelo infinito, ficamos a ver navios. E pior: navios com CGI questionável.
Um espelho quebrado que refletiu o futuro
O fracasso de Branca de Neve não é só um tropeço isolado. Na verdade, é um reflexo de uma estratégia que talvez não funcione mais como antes. As pessoas estão cada vez mais exigentes. Querem histórias que respeitem a memória afetiva, mas que também tragam algo novo com respeito, profundidade e coração.
E olha, nem só de nostalgia vive um estúdio. Ficar reciclável demais pode acabar virando lixo. Literalmente. Portanto, será que agora a Disney vai parar e refletir de verdade sobre o que os fãs estão pedindo? Ou vai continuar apostando em refilmagens que só brilham no papel?
Moral da história
No fim das contas, Branca de Neve nos ensinou algo: não adianta dar uma nova cara a um clássico se você esquece da alma dele. E, infelizmente, o reflexo disso tudo foi o cancelamento (ou pelo menos a pausa indefinida) de um filme com potencial gigante como Enrolados.
Portanto, quem sabe agora a Disney aprende que, pra fazer magia de verdade, precisa mais do que um monte de grana e efeitos especiais. Precisa escutar o público. Precisa ter coração.
Enquanto isso, seguimos aqui, esperando um milagre. Ou, pelo menos, um live-action decente.