
Lady Gaga no Coachella 2025
Na noite de 11 de abril de 2025, Lady Gaga transformou o palco principal do Coachella em um teatro sombrio e envolvente. Mais que um show, a apresentação foi uma encenação pop dividida em cinco atos, com direção estética precisa, coreografias impactantes e um setlist que transitou entre os grandes sucessos da carreira e as novas faixas do álbum Mayhem. Como resultado, a performance elevou o conceito de show ao vivo no festival a um novo patamar.
Uma estrutura teatral dividida em atos
Em vez de seguir uma fórmula convencional, Gaga apresentou o espetáculo como uma ópera pop obscura. Cada parte do show teve título próprio e identidade visual distinta, o que reforçou a proposta dramática do álbum Mayhem, que explora temas como fama, obsessão, imagem e solidão. Além disso, essa estrutura narrativa foi um dos aspectos mais elogiados pela crítica, evidenciando o compromisso da artista com apresentações imersivas e conceituais.
Setlist completa: o que Gaga cantou no Coachella
I – Of Velvet and Vice
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Bloody Mary
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Abracadabra
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Judas
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Scheiße
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Garden of Eden
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Poker Face
II – And She Fell into a Gothic Dream
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Perfect Celebrity
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Disease
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Paparazzi
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Alejandro
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The Beast
III – The Beautiful Nightmare That Knows Her Name
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Killah (feat. Gesaffelstein)
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Zombieboy
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Die With a Smile
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How Bad Do U Want Me
IV – To Wake Her Is to Lose Her
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Shadow of a Man
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Kill for Love
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Born This Way
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Shallow
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Vanish into You
V – Finale: Eternal Aria of the Monster Heart
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Bad Romance
O repertório buscou equilíbrio entre os sucessos consagrados e as faixas conceituais do novo álbum. Músicas como Poker Face, Paparazzi e Bad Romance dialogaram com canções inéditas como Killah e Perfect Celebrity, que se destacaram tanto pela potência sonora quanto pelo impacto visual. Portanto, foi uma seleção bem pensada, que agradou tanto os fãs antigos quanto os curiosos por novidades.
Estética, figurinos e coreografia
A estética foi marcada por elementos góticos, iluminação sombria e uma paleta de cores frias. Gaga apostou em figurinos dramáticos, com inspiração barroca e industrial, além de toques modernos. Um detalhe interessante foi a combinação de botas Steve Madden com peças de alta costura, criando um contraste entre o luxo e o acessível. Isso, aliás, reforça a crítica à cultura da imagem, presente em diversas letras do álbum.
Além disso, as coreografias assinadas por Parris Goebel contribuíram diretamente para a narrativa. Com movimentos intensos e expressivos, cada ato utilizou a dança como uma extensão do enredo. Tudo foi pensado para potencializar o efeito visual, mas sem comprometer a emoção da performance.
Curiosidades que marcaram o show
– Rosé (BLACKPINK) apareceu em uma videoconferência ao lado de Bruno Mars durante a faixa Die With a Smile, surpreendendo o público.
– Gaga não interagiu verbalmente com a plateia. Toda a comunicação foi roteirizada, reforçando o clima cinematográfico do espetáculo.
– A performance marcou o retorno da cantora ao Coachella após oito anos. Desta vez, no entanto, com a proposta mais ousada de sua trajetória no festival.
– Killah, parceria com Gesaffelstein, teve uma versão estendida com estética de rave sombria, sendo um dos momentos mais intensos da noite.
– A escolha de abrir com Bloody Mary funcionou como referência ao recente renascimento da faixa nas paradas, impulsionado pelo TikTok.
Um novo padrão para o pop ao vivo
A apresentação de Lady Gaga no Coachella 2025 provou que é possível elevar um show pop ao nível de uma obra de arte cênica. Com roteiro bem definido, impacto visual e excelência técnica, Gaga entregou uma experiência que transcende o entretenimento. Ao mesmo tempo, mostrou que não depende apenas de hits para capturar a atenção do público.
Enquanto muitos artistas apostam no seguro, ela se arrisca. E, ao fazê-lo, redefine o que se espera de um show ao vivo.
Um gostinho do que vem por aí
Quem ficou impressionado com o que viu no deserto da Califórnia pode se animar. No próximo dia 3 de maio, Gaga se apresenta na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A expectativa é que o espetáculo mantenha a mesma estrutura apresentada no Coachella, mas com uma versão estendida de aproximadamente 2h30.
Ou seja, se a estreia já foi arrebatadora, o público brasileiro pode esperar por uma experiência ainda mais intensa, com espaço para faixas bônus, novas interações e, claro, aquele toque especial que só um show à beira-mar consegue oferecer.
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