
Florence Pugh em Thunderbolts*
Marvel enfrenta novo fracasso com Thunderbolts*! Os resultados nas bilheteiras mostram que o filme não correspondeu às expectativas. Com um elenco de peso, um enredo voltado para temas contemporâneos e um investimento significativo, o longa parecia estar no caminho certo. No entanto, a realidade financeira foi outra.
Após quatro semanas em cartaz, o filme atingiu 353,1 milhões globalmente, resultado da soma entre os 181,7 milhões arrecadados internacionalmente e os 171,4 milhões nos Estados Unidos. Considerando que o custo de produção foi de 180 milhões, sem contar os gastos com marketing, a margem de lucro parece consideravelmente limitada.
Queda expressiva nas bilheteiras internacionais
Durante o seu quarto fim de semana, “Thunderbolts*” arrecadou apenas 5,6 milhões nos mercados estrangeiros, o que representa uma queda de 64,3% em comparação com o fim de semana anterior. Para efeito de comparação, “Capitão América 4”, lançado no mesmo período, obteve 9,2 milhões na mesma janela.
Dessa forma, analistas já indicam que o filme dificilmente ultrapassará os 400 milhões. O cenário mais provável é que seu desempenho final fique entre 380 e 390 milhões globalmente — um número aquém do que se esperava para um título do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU).
Um elenco forte não foi suficiente…
Com nomes como Florence Pugh, Sebastian Stan, David Harbour e Julia Louis-Dreyfus, o filme prometia capturar a atenção do público. Além disso, abordava temas relevantes, como saúde mental, propósito pessoal e redenção, os quais, aliás, são muito valorizados na narrativa contemporânea.
Entretanto, mesmo com esses elementos positivos, a recepção do público foi morna. Parte disso se deve, provavelmente, à saturação do MCU, que vem enfrentando dificuldades para manter o mesmo impacto cultural de suas fases anteriores.
Quais fatores contribuíram para o desempenho abaixo do esperado?
Alguns pontos podem ajudar a explicar o resultado insatisfatório:
- Concorrência intensa: o filme estreou em meio a grandes lançamentos, o que reduziu sua visibilidade.
- Desgaste da fórmula Marvel: o público já demonstrava sinais de cansaço com o excesso de produções do estúdio.
- Expectativas elevadas demais: as campanhas promocionais criaram uma imagem de “nova era do MCU”, o que, infelizmente, não se concretizou.
- Comunicação confusa: muitos espectadores não sabiam ao certo se se tratava de uma sequência, derivado ou uma história independente.
Além disso, o contexto de lançamentos pós-pandemia e as mudanças no comportamento do público em relação ao consumo de entretenimento também influenciaram.
E o que esperar daqui para frente?
Por mais que “Thunderbolts*” tenha superado o desempenho de “As Marvels”, isso não representa necessariamente um sucesso. O filme, embora não tenha sido um desastre absoluto, também está longe de ser considerado um acerto.
Dessa maneira, a Marvel Studios deve refletir cuidadosamente sobre seus próximos passos. A fase atual do MCU mostra que apenas elencos estelares e efeitos especiais não bastam. O público exige mais: coerência narrativa, inovação e relevância emocional.
Portanto, será necessário reavaliar prioridades, ajustar expectativas e, acima de tudo, retomar o foco na qualidade — algo que o próprio CEO da Disney, Bob Iger, já admitiu como essencial para o futuro do estúdio.